É só um foguinho de nada…
Do livro Bases para sua conduta, de Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Quando iniciei minha carreira técnica – isso faz mais de trinta anos – tive um treinamento de prevenção e combate a incêndio. O treinamento foi ministrado pelo comandante do Corpo de Bombeiros de BH, que fez uma coisa muito interessante.
Ele acendeu uma vela em cima da mesa e começou a conversar, como quem não quisesse nada. De repente, ele levou os dedos indicador e polegar na boca, molhou-os com a língua (que porquice!) e, na sequência, apertou o pavio da vela com os dois, apagando-a instantaneamente.
Então comentou: vocês perceberam que apaguei este fogo com dois dedos?! Entretanto, se ele tivesse se espalhado pela mesa e em seguida tomasse conta do auditório e do prédio, eu poderia chamar toda a minha corporação – que não é pequena – com todos os equipamentos e caminhões pipa que temos e demoraríamos horas para dominar o incêndio.E mesmo depois que o fizéssemos, as consequências seriam irremediáveis.
Transformei esta história numa metáfora, que naturalmente ficou gravada em minha mente e, todas as vezes que me esqueço dela, me dou mal.
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