De quem é a culpa desse lixo?

Dia 14 de novembro eu resolvi fazer home office, buscando mais privacidade para dar um gás na conclusão do meu plano de negócios para o ano que vem.

Mal havia começado, minha esposa bateu na porta do escritório e disse: “já que você está aqui, poderia levar o lixo para fora”?

Claro que eu tive algumas reações internas. Mesmo assim – … quem tudo juízo obedece -, fui até a área de serviço, peguei os sacos de lixo, saí para o hall dos elevadores e dei uma enorme bufada: “puxa vida! Eu duvido que empreendedores de sucesso como Flávio Augusto e JP levem o lixo pra fora!” E continuei com meus pensamentos: é por isso que meus projetos não andam na velocidade que eu quero, eu não consigo me concentrar, não consigo manter constância no meu trabalho, é toda hora tendo que fazer alguma coisa que não tem nada a ver.

Duas semanas depois, na abertura de um evento que ocorre anualmente em São Paulo, o anfitrião contou o que acontecera com um empresário que tinha vindo da Europa para o evento do ano anterior. Entre escalas e conexões, ele havia levado mais de 30 horas para vir e outras tantas para voltar. Quando chegou em casa todo empolgado com o que havia aprendido sobre empreendedorismo, com os olhos brilhando de tanto entusiasmo e a mente fervilhando de ideias para colocar em prática,  disparou a contar tudo para sua esposa. Ela o ouviu alguns minutos e, com toda a objetividade possível, lhe disse: “legal, então hoje você pode levar o lixo pra fora”?

Nessa hora, minha ficha caiu: “levar o lixo pra fora” não é um privilégio meu, mais que isso, é universal. Aí, fiquei sabendo que usar este tipo de argumentação para justificar minha procrastinação tem até um nome: terceirização da culpa. E logo identifiquei rapidamente entre meus filhos, amigos, parceiros e pessoas com quem convivo, uma série de pedidos para “levar o lixo para fora” que os tornam culpados por minha protelação.

Pois bem, juro para você, quando cheguei em casa depois de três dias fora, adivinhe o que a minha esposa me pediu nos primeiros quinze minutos de conversa? Isso mesmo: “já que você está de volta, pode levar o lixo para fora?”

E então? Será que a terceirização da culpa é o único inimigo que me impede de caminhar? Que outros sabotadores me espreitam? Como enfrentá-los?

Se fez sentido para você esta reflexão, peço que curta e compartilhe. Estou a fim de continuar essa conversa com você, aqui mesmo, nos comentários, ou numa conversa privada, falando comigo. Vamos! Ou, agora você não pode, pois precisa… levar o lixo pra fora?

Comente, curta, compartilhe!

Sobre o autor | Website

João Carlos Rocha é coach de executivos, consultor empresarial, palestrante e escritor. Atua nas maiores e melhores empresas do Brasil, prestando consultoria nas áreas de planejamento estratégico, team building e gestão de pessoas. É coautor do livro Ser Mais com T&D e autor do livro Os 7 Portais de Jaspe.

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