{"id":4133,"date":"2016-12-15T19:59:40","date_gmt":"2016-12-15T19:59:40","guid":{"rendered":"http:\/\/joaocarlosrocha.com.br\/?p=4133"},"modified":"2016-12-16T00:14:48","modified_gmt":"2016-12-16T00:14:48","slug":"terceirizacao-da-culpa","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.joaocarlosrocha.com.br\/terceirizacao-da-culpa\/","title":{"rendered":"De quem \u00e9 a culpa desse lixo?"},"content":{"rendered":"
Dia 14 de novembro eu resolvi fazer home office, <\/em>buscando mais\u00a0privacidade para dar um g\u00e1s na conclus\u00e3o do meu plano de neg\u00f3cios para o ano que vem.<\/p>\n Mal havia come\u00e7ado, minha esposa bateu na porta do escrit\u00f3rio e disse: “j\u00e1 que voc\u00ea est\u00e1 aqui, poderia levar o lixo para fora”?<\/p>\n Claro que eu tive algumas rea\u00e7\u00f5es internas. Mesmo assim – … quem tudo ju\u00edzo obedece -, fui at\u00e9 a \u00e1rea de servi\u00e7o, peguei os sacos de lixo, sa\u00ed para o hall dos elevadores e dei uma enorme bufada: “puxa vida! Eu duvido que empreendedores de sucesso como Fl\u00e1vio Augusto<\/a>\u00a0e JP<\/a> levem o lixo pra fora!” E continuei com meus pensamentos: \u00e9 por isso que meus projetos n\u00e3o andam na velocidade que eu quero, eu n\u00e3o consigo me concentrar, n\u00e3o consigo manter const\u00e2ncia no meu trabalho, \u00e9 toda hora tendo que fazer alguma coisa que n\u00e3o tem nada a ver.<\/p>\n Duas semanas depois, na abertura de um evento\u00a0que ocorre anualmente em S\u00e3o Paulo, o anfitri\u00e3o contou o que acontecera com um empres\u00e1rio que tinha vindo da Europa para o evento do ano anterior. Entre escalas e conex\u00f5es, ele havia levado mais de 30 horas para vir e outras tantas para voltar. Quando chegou em casa todo empolgado com o que havia aprendido sobre empreendedorismo, com os olhos brilhando de tanto entusiasmo e a mente fervilhando de ideias para colocar em pr\u00e1tica, \u00a0disparou a contar tudo para sua esposa. Ela o ouviu alguns minutos e, com toda a objetividade poss\u00edvel, lhe disse: “legal, ent\u00e3o hoje voc\u00ea pode levar o lixo pra fora”?<\/p>\n Nessa hora, minha ficha caiu: “levar o lixo pra fora” n\u00e3o \u00e9 um privil\u00e9gio meu, mais que isso, \u00e9 universal. A\u00ed, fiquei sabendo\u00a0que usar este tipo de argumenta\u00e7\u00e3o para justificar minha procrastina\u00e7\u00e3o tem at\u00e9 um nome: terceiriza\u00e7\u00e3o da culpa. E logo identifiquei rapidamente entre meus filhos, amigos, parceiros e pessoas com quem convivo, uma s\u00e9rie de pedidos para “levar o lixo para fora” que os tornam culpados por minha protela\u00e7\u00e3o.<\/p>\n Pois bem, juro para voc\u00ea, quando cheguei em casa depois de tr\u00eas dias fora, adivinhe o que a minha esposa me pediu nos primeiros quinze minutos de conversa? Isso mesmo: “j\u00e1 que voc\u00ea est\u00e1 de volta, pode levar o lixo para fora?”<\/p>\n E ent\u00e3o? Ser\u00e1 que a terceiriza\u00e7\u00e3o da culpa \u00e9 o \u00fanico inimigo que me impede de caminhar? Que outros sabotadores me espreitam? Como enfrent\u00e1-los?<\/p>\n Se fez sentido para voc\u00ea esta reflex\u00e3o, pe\u00e7o que curta e compartilhe. Estou a fim de continuar essa conversa com voc\u00ea, aqui mesmo, nos coment\u00e1rios, ou numa conversa privada, falando comigo<\/a>. Vamos! Ou, agora voc\u00ea n\u00e3o pode, pois precisa… levar o lixo pra fora?<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Dia 14 de novembro eu resolvi fazer home office, buscando mais\u00a0privacidade para dar um g\u00e1s na conclus\u00e3o do meu plano de neg\u00f3cios para o ano que vem. Mal havia come\u00e7ado, minha esposa bateu na porta do escrit\u00f3rio e disse: “j\u00e1 que voc\u00ea est\u00e1 aqui, poderia levar o lixo para fora”? Claro que eu tive algumas […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":4202,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[132,144,143],"yoast_head":"\n